Cá dentro ou lá fora, já sabíamos que os portugueses davam cartas no design e na publicidade. De ano para ano somam-se prémios para as agências e criativos nacionais.
Este ano não foi exceção e “conquistamos” 5 lápis de madeira, naquele que se diz o “mais rigoroso” festival da publicidade mundial, o D&AD.
Desde 1952, que o D&AD celebra a comunicação criativa com a atribuição de um dos galardões mais desejados do design e da publicidade mundial.
Os prémios são atribuídos segundo critérios apertados para distinguir feitos revolucionários ou inovadores. O prémio máximo, o Black Pencil ou Lápis Preto é equivalente a um Grand Prix enquanto o Lápis Amarelo tem peso de um prêmio de ouro, o de Grafite a um de prata e o de Madeira, a bronze.
Este ano, o festival recebeu cerca de 12 mil inscrições, que reuniram aproximadamente 26 mil trabalhos avaliados por 250 jurados divididos em 26 áreas de categorias profissionais.
No meio de tantos trabalhos e de tanta criatividade, os portugueses apareceram para receber 5 lápis de madeira, na edição que teve como grande vencedora a campanha We’re the Superhumans, anúncio criado pela equipa Channel 4 para promover os jogos paraolímpicos no Rio de Janeiro.
Avery, para a Avery Dennison, foi o trabalho que garantiu ao White Studio de Eduardo Aires um Lápis de Madeira na edição do festival na categoria de design gráfico. Contudo, este não foi o primeiro prémio para o gabinete portuense.
Já em 2015, a marca Porto do White Studio havia sido reconhecida na categoria de Branding, conquistando um lápis de grafite, o equivalente a prata. A agência dirigida por Eduardo Aires criou todo um código e sistema visuais para a cidade invicta e forrou comboios do metropolitano, carros da polícia e ocupou a cidade de azul e branco com cartazes e mupis.
Outros criativos portugueses espalhados pelo mundo, também viram os seus trabalhos reconhecidos no festival.
Também Hugo Veiga, diretor criativo e co-fundador da AKQA de São Paulo, viu a campanha para a segunda série de Narcos, para o Netflix, receber um lápis de prata.
O diretor criativo e copy da Ogilvy Japão, Ricardo Adolfo, ganhou um Lápis de Madeira com Refugee Collection. A ação, criada para a Refugees International Japan, já tinha ganho um Leão de Bronze na última edição do Cannes Lions.
Também com um Lápis de Madeira saiu a campanha para a Nike Rússia com direção de arte de Vasco Vicente do D&AD. What are girls made of?, com criatividade da Wieden + Kennedy de Amesterdão ganhou em Film Crafts, pelo uso de música em publicidade.
A revisão do ano para a Google, em que o criativo no mundo Nuno Ferreira, diretor criativo da 72andSunny de Los Angeles, incentivava o mundo a ‘search’ pelo amor também foi premiada no D&AD. A campanha Google Year In Search ganhou um Lápis de Madeira também em Film Crafts, igualmente pelo uso de música em publicidade.
Na cerimónia deste ano do festival foram atribuídos 733 Lápis pelo júri, dos quais 5 Lápis Negros: ainda 62 lápis amarelos, 180 lápis de grafite e 485 de madeira.
Esta é só mais uma prova de que a criatividade portuguesa está (mais do que) boa e recomenda-se.